O Centro de Referência Pela Primeira Infância (CRPI) de Barueri, da Secretaria de Educação, realizou no dia 23 um encontro com mães e pais sobre “Introdução alimentar na primeira infância e aleitamento materno”. A ação vai ao encontro do Plano Municipal Pela Primeira Infância atendendo ao eixo norteador “Criança com Saúde”.
A consultora em aleitamento materno, Verlândia Medeiros, disse o quanto o processo de amamentação impacta na alimentação das crianças no período de sua introdução alimentar, que inicia no sexto mês de vida.
Conhecimento
A especialista explica que o conhecimento sobre a pega correta, a importância do conforto e os benefícios do leite materno é o primeiro passo para a amamentação bem-sucedida.
“Amamentação é um processo e necessita de conhecimento. Toda a mãe que tem acesso às informações com embasamento científico vai amamentar com mais segurança, conforto e prazer”, enfatizou Verlândia.
A magia da amamentação
Já se sabe que o aleitamento possui diversos benefícios para a saúde do bebê e da mamãe, além do seu valor nutricional. Mas a potência desse líquido poderá trazer grandes surpresas.
Como a especialista definiu, existe uma “magia por trás do leite materno” e, por exemplo, as pequenas saliências que surgem nas aréolas (mamilos) nessa fase produzem um cheiro igual ao do líquido amniótico (fluído produzido pela placenta que envolve o bebê durante os seus nove meses de gestação). Essa exalação atrai e guia o recém-nascido até o peito da mãe.
“Após o parto, a natureza se expressa, pois os bebês tem a habilidade de ‘escalar’ a mãe em busca do peito para mamar. Parece mágica”, conta a consultora.
Outra “mágica” que o leite materno oferece é o seu poder cicatrizante. “Não use pomadas para sarar os possíveis machucados nos seios. Elas podem prejudicar a amamentação e entupir os ductos mamários (por onde o leite passa) e dificultar a sucção. O leite materno tem o poder cicatrizante para tratar as rachaduras causadas pela amamentação”, explica Verlândia.
O que atrapalha a amamentação?
As possíveis causas que podem atrapalhar a amamentação também foram citadas, tal como a anquiloglossia, ou “língua presa”, que interfere na pega e na sucção do leite.
“O bebê que tem alguma alteração na cavidade oral, e isso acabou passando batido pelo profissional de saúde, também afeta a introdução alimentar no futuro. Existem alguns sinais que indicam essa alteração, um deles está no formato de coração da ponta da língua”, alertou.
Rotina alimentar
Já sobre a introdução alimentar, Verlândia indica que a criança já esteja se sentando sozinha e que os pais estimulem comendo na frente do bebê.
"Evite sal e açúcar nos alimentos do bebê até os dois anos. A textura dos alimentos deve estar adequada. Há casos de crianças se engasgarem mesmo com pedaços aparentemente pequenos. Todas as fases do processo alimentar precisam de supervisão”, ressalva.
Boas trocas
Verlândia também deu dicas sobre troca de fraldas, limpeza do coto umbilical, lembrou da importante participação dos pais para amenizar a carga das puérperas, dentre outras informações.
“Achei as informações maravilhosas, foi uma experiência de muita aprendizagem. Isso deveria ser disseminado para todos cada vez mais”, conta a assistente de desenvolvimento infantil Débora de Almeida Santos.
O CRPI realiza encontros e atividades para ajudar mães e pais a atravessarem com sucesso a fase da primeira infância de seus filhos. Para saber mais, procure a unidade que está localizada na rua Terra, 326, no Jardim Tupanci, ou pelo telefone (11) 3164-1131.
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